Sejam Todos Novamente Bem Vindos À Escola Espiritualista Luzes Dos Mundos!
Hoje como todas as Quintas-Feiras falamos sobre a Bíblia.
Em nosso trabalho de conversar sobre os erros de tradução e interpretação dos textos.
Sempre dentro de uma Ótica racional e dentro de uma hermenêutica Judaica, cultural e linguística.
Como prometemos a algumas postagens atrás, hoje chegou o dia da tão esperada postagem que falaremos sobre:
Reencarnação no Livro de Jó!
Como já estudamos na postagem sobre o Livro de Jó, o assunto do livro é o sofrimento.
Como já aprendemos, o sofrimento dele não era por pecado, como entendia seus contemporâneos.
Mas o autor que fez essa Crônica Narrativa, demostra em várias partes do livro que acreditava na reencarnação.
E exatamente sobre isso que vamos conversar hoje.
E exatamente sobre isso que vamos conversar hoje.
O autor procura a causa do sofrimento em vidas passadas.
Deixando claro que quem escreveu sendo Judeu, acreditava na reencarnação.
Infelizmente os tradutores que não acreditam na reencarnação tentaram de todo o modo como fizeram em outros capítulos e livros esconder deste livro também.
Então vamos mostrar estas partes, e comentar cada uma delas.
Então vamos mostrar estas partes, e comentar cada uma delas.
No capítulo 8 do livro de Jó podemos ver isto.
Capítulo 8: 8 e 9
Esse texto, é um dos que mais vemos divergências nos tradutores.
Tudo pelo fato de que as expressões usadas do Hebraico, apresentam valores culturais e idiomáticos, que os tradutores desconhecem. Assim fazendo uma tradução parcial e dando um sentimento oposto do que é em suas traduções.
Uma verdadeira traição ao Texto do Hebraico.
Vamos ver alguns traduções "INCORRETAS" que veio para o português.
Na João Ferreira de Almeida que diz ser corrigida e revisada pela Fiel, está escrito:
8.Pois, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas; e prepara-te para a inquirição de seus pais.
9 Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.
Já na versão Internacional por exemplo, se esquivaram da reencarnação deste modo:
"Pergunte às gerações anteriores e veja o que os seus pais aprenderam,
pois nós nascemos ontem e não sabemos nada. Nossos dias na terra não passam de uma sombra."
A tradução da sociedade Bíblica britânica escolheu traduzir por:
8.(Pois nós somos de ontem, e nada sabemos, Porque os nossos dias sobre a terra são uma sombra),
9.Não te ensinarão eles, não te falarão? E do seu coração não proferirão palavras?
Esse de tão engraçadinho que foi ainda teve a coragem de colocar entre parenteses a sua tradução.
Deixando claro a sua dificuldade de entender do que se tratava o texto.
Na versão Ave Maria, usada pela Igreja Católica, a tradução também foi diferente de todas as outras.
traduziram como:
8.Interroga as gerações passadas, e examina com cuidado a experiência dos antepassados;
9.- porque somos uns ignorantes das {coisas} de ontem, nossos dias sobre a terra passam como a sombra -
Na versão da bíblia de Jerusalém, uma das que menos abre oportunidade de mal interpretação, e que mais recomendamos pela riqueza de legenda que se apresenta.
Traduziram como:
8.Pergunta às gerações passadas e medita a experiência dos antepassados.
9.Somos de ontem, não sabemos nada. Nossos dias são uma sombra sobre a terra.
Demonstrei estas traduções, apenas para quem me ler ter uma ideia de tão complexo e confuso foi para os tradutores quando se depararam com o tal texto.
Alguns deles, demonstram que não estão traduzindo o texto, mas sim interpretando-o.
Respeitamos todos estes tradutores, e a nossa critica não é feita no intuito de ofendê-los, mas apenas demonstrar as dificuldades que tiveram por não estudarem cultura Judaica e nem características idiomáticas e linguística do povo Hebreu.
A tradução correta seria:
“Pergunta às gerações passadas ou primeiras e medita a experiência dos antepassados.
Porque somos de ontem, não sabemos nada. Nossos dias são uma sombra sobre a terra”.
Qualquer Judeu ao ler estes dois versículos entende que se trata de reencarnação.
O texto não tem a palavra reencarnação escrita, afinal este termo foi criado por Allan kardec, muitos séculos depois da escrita dos textos hebraicos.
Mas a ideia da reencarnação, que seria o espírito retornar à terra em um novo corpo, sempre esteve presente nas principais crenças primárias do Planeta.
O Povo Judeu/Hebreu, sempre acreditou na reencarnação.
É um dos princípios básico da crença do povo.
A palavra Geração em Hebraico é uma expressão Idiomática que tanto serve para dizer de descendência familiar quando para a ideia de reencarnação.
(isso pelo fato que observaram que as reencarnações normalmente se realizavam nos mesmos ciclos familiares)
Os Judeus, sempre guardavam nos escritos sagrados em qual parte se referia a geração espiritual e quando dizia da geração material.
E uma das partes onde prega reencarnação é estes dois versículos de Jó, onde ele procura a causa do seu sofrimento em outra vida.
Uma das maneiras de Dizer Geração em Hebraico é: "דור" trasladado seria "dohr" em aramaico corresponde ao termo "dar".
Dohr deriva da raiz verbal que significa “empilhar num círculo” ou “andar em volta”.
Tudo isso porque na criação da palavra é expresso a reencarnação.
Quando os Hebreus iriam se referir a reencarnação oralmente o termo em hebraico é: guilgul neshamot, que significa ao pé da letra "Roda das almas". Que seria o processo de reencarnação de cada alma.
Isto era muito discutido pelos sábios do povo Hebreu. E a cabala Judaica que foi desenvolvida em maior parte por Abraão, por Davi e entre outros fala-se de reencarnação como Guilgul Neshamot. Demonstrando assim que desde aquela época já era comum as cogitações sobre esse assunto.
Devido isto, que o termo Dohr que é traduzido como geração, mas que na maioria das vezes trata de reencarnação significa "Empilhar num círculo" que seria da ideia de empilhar as experiencias adquiridas nas reencarnações, e "Andar em volta" que vem da ideia de sempre retornar a terra para nascer.
Entendendo isso fica fácil de interpretar o tal poema que estamos discutindo.
“Pergunta às gerações passadas ou primeiras e medita a experiência dos antepassados.
Porque somos de ontem, não sabemos nada. Nossos dias são uma sombra sobre a terra”.
A palavra perguntar em Hebraico, vem da ideia de indagar, de questionar ou de buscar a resposta.
"Gerações passadas" normalmente era usada para dizer de outras encarnações daquela mesma pessoa.
Quando se tratava de família, pela ordem e gramática textual dizia o termo Família ou pais.
Quando unia geração com a palavra passada, praticamente 100% dos casos se tratava de reencarnação.
Podemos ter certeza que é reencarnação pela segunda prova disto é o fato de dizer: "ou primeiras".
Isso também era usado apenas para se referir a reencarnação, quando se unia a expressão "Dohr" na mesma oração.
E em seguida ele completa com a lei do esquecimento, "porque somos de ontem, não sabemos nada."
Tudo isso pelo fato de mesmo que estivemos em outra vida, não temos memória daquela que passou.
Pela lei natural do esquecimento do passado.
Tudo isso sempre foi crenças do povo Hebreu.
E para quem pensa que apenas nesta parte ele fala de reencarnação ainda não viu nada.
Seguindo o livro, alguns capítulos afrente podemos encontrar mais sobre isso.
Em Jó 14: 13 e 14 temos ainda mais um caso para somar a crença da reencarnação.
Do mesmo modo que os outros, este texto também foi muito mexido em todas as traduções.
Devido as expressões serem culturais e linguísticas.
Os tradutores, por não estudar cultura Judaica, traduziram como bem entenderam a passagem.
Eu não irei colocar cada tradução que foi feita, pois isso levaria muito tempo como na primeira.
Vamos ver o texto traduzido Direto do Hebraico.
A tradução limpa seria:
“Oxalá me abrigasses no SHEOL e lá me escondesses até se passar a tua ira e me fixasses
um dia para te lembrares de mim: pois se um homem morrer, terá um renascimento ou reviver? Todos os dias de minha pena eu luto e espero, até que chegue minha troca (halifati)”.
Como todos sabem, no período após exílio, houve uma separação de pensamentos e de interpretação dos escritos.
Um grupo destes acreditava que os mortos impreterivelmente iriam para o Sheol e de lá não mais sairiam.
Se seguirmos a tradução feita direta do Hebraico acima, podemos ver um sentido reencarnacionista e a "descrença" no Sheol eterno que para muitos era um fato real.
No primeiro momento, ele afirma que Deus se lembraria dele.
Podemos reparar a palavra "Vetzkreni" Que significa "e lembrar de mim".
Assim Deus lembrando dele, seria a libertação e a subida do Sheol. A libertação.
O personagem demonstra acreditar realmente nisto quando faz a seguinte indagação "Se um homem morre, reviverá? Ou ainda; impedirás de reviver?
Isso demonstra o quanto Jó acreditava que Deus não impediria ou limitaria o renascimento.
Tais argumentos eram utilizados na era após exílio pelo grupo que não acreditava no Sheol eterno mas sim no retorno da alma.
O termo Luto "Tsavaí" significa militar.
Está relacionado a luta diária.
A luta daquele que busca vencer a matéria para buscar a Deus.
O sentido de reencarnação de crença da parte de Jó se confirma inegavelmente quando ele continua dizendo: "Esperarei que chegue a minha nova vida, minha substituição ou troca".
Reencarnação mais clara do que isso só em Allan Kardec.
Os tradutores Cristãos normalmente traduz o termo "Halifá" como sendo alívio, mudança, soerguimento, revezamento e substituição.
Tudo isso pela pobreza da língua. Tendo assim vários sinônimos para o mesmo termo.
Os tradutores por não acreditar na reencarnação naturalmente escolheram aquele sinônimo que não dê Brecha para a crença da reencarnação, já que os mesmos não assim creem.
Alertam alguns Rabinos que nestes versículos, "Jó elevando o seu coração perante Deus, expressa a sua esperança, acreditando que virá após todo sofrimento a sua troca ou substituição.
Pois quando ocorrer a troca ele poderá ter uma vida feliz em uma nova vida. Como recompensa de sua expiação que sofria no momento."
Talvez o caro leitor possa pensar que apenas nestas partes já fica óbvio que Jó se referia a reencarnação.
Mas, para os mais exigentes podemos demonstrar mais sobre isso em outros capítulos para frente.
Vamos agora mergulhar no capítulo 19. Versículo 25.
Novamente um texto com dificuldades de tradução.
Tradução correta do Hebraico:
“E soube que vive o meu redentor, e que no último dia hei de ressurgir do pó e de novo
serei envolvido com a minha pele e em minha carne imaginarei ou pensarei em Deus”.
Cada tradutor, nesta parte, tentou explicar de uma maneira diferente, novamente pelo fato de nenhum deles acreditar na reencarnação e nem tão pouco ser conhecedor da cultura Judaica e expressões idiomáticas.
A tradução Literal seria: Eu soube, meu salvador vive, "goali chai". No final da vida me levantarei(iakum) e em minha pele (Pele vem de "Ori") e em minha carne(umibessari) pensarei em Deus.
Aquele pressentimento de Jó sobre o renascimento, agora vem como afirmação, dando uma certeza. Os Judeus chamam até de evidência.
Mostrando que Jó sabia que ressurgirá de novo na terra, em uma nova carne, um novo corpo no qual terá por misericórdia de Deus, que concede uma nova vida, dando assim mais um passo de sua jornada evolutiva.
Como já dissemos na postagem sobre o Livro de Jó, o Remidor que ele se refere é um parente que já falecido, vivendo uma vida plena e correta perante Deus, fazendo assim o papel de remidor.
Aquele que roga a Deus pelo seu parente ainda vivo.
Para quem não se lembra, >>>CLIQUE AQUI<<< e reveja no meio daquela postagem, onde mostramos toda essa crença de remidor que não se trata do messias.
Pensam que acabou a reencarnação no livro de Jó?
Ainda não. Podemos continuar a discorrer sobre isso.
Em Jó Capitulo 21:17
Encontramos novamente reencarnação e problemas nas traduções.
O texto em hebraico:
A tradução correta Seria:
“Quantas vezes se apagará a candeia dos perversos e lhes sobrevirá a calamidade ou
colheita do mal ou infelicidade?”
Neste nem precisamos de muito trabalho para entender que se trata de reencarnação.
"A Colheita do mal" só faz sentido quando olhamos pela reencarnação.
Colheita, não pode ser castigo. Mas sim um processo natural de reação a uma ação.
Aquele que planta colhe.
A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
A colheita do mal, só aconteceria através da reencarnação, pois apenas assim teria uma colheita justa do mal.
Se a colheita fosse castigo, não seria uma colheita.
Seria uma contradição cultural ao povo Hebreu.
E para terminar nossa apresentação da prova de que no livro de Jó se fala de reencarnação temos mais uma passagem gritante sobre.
Encontra-se em Jó capítulo 33:21 a 30
: ”Consome-se sua carne, desaparecendo da
vista, expondo os ossos que antes não se viam. Sua alma aproxima-se da sepultura, e sua
vida do jazigo dos mortos, a não ser que encontre um Anjo favorável, um Mediador entre
mil, que dê testemunho de sua retidão, que tenha compaixão dele e diga: Livra-o de baixar
à sepultura, que encontrei resgate para sua vida; e sua carne reencontrará a força juvenil e
voltará aos dias de sua juventude. Suplicará a Deus e será atendido, contemplará com
alegria sua face. Anunciará aos homens sua justificação, cantará diante deles e dirá: Pequei
e violei a justiça: e Deus não me tratou de acordo com a minha culpa. Salvou minha alma
da sepultura, e minha vida se inunda de luz. Tudo isso faz Deus duas ou três vezes ao
homem, para tirar sua alma da sepultura e iluminá-lo com a luz das vidas”
Nesta parte, deixa apenas bem clara e óbvio, que pela misericórdia divina, é dada uma nova chance para aquele que deseja retornar.
Para os Hebreus da época essa chance seria de duas a três vezes.
Mas dentro do pensamento espirita, a misericórdia de Deus se estende quantas vezes for necessário.
Acho que após tantas partes que comentamos aqui hoje, fica praticamente impossível negar a reencarnação no livro de Jó e ser racional.
Aqueles que tem ouvidos para ouvir, ouça.
Toda tentativa de explicar estas passagens para não aceitar a reencarnação só pode ser feita dentro das traduções deturpadas do português ou longe do contexto Cultural, histórico e linguístico.
Ao contrário disto, necessário seria entender que o livro de Jó trata reencarnação.
Essa é a nossa postagem de hoje.
Gostaria de alertar também que todas as traduções do Hebraico que consideramos verdadeiras não foram traduzidas por mim.
Todas foram traduzidas por professores de Hebraico e Judeus.
Revisadas diversas vezes, para que não haja dúvida e nem erro como aconteceu com os outros que nos antecedem.
Grande abraço a todos.
Fiquem com a luz que é Deus no coração.
Shabat Shalom
Namastê
Esclarecedor!
ResponderExcluirMais claro impossível. Muito obrigado irmão.
ResponderExcluirMuito bom
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